O sócio presidente da Dominium Consultoria, Marcelo Moraes, falou nesta terça-feira (23), em debate na Comissão de Minas e Energia da Câmara, sobre os benefícios de manutenção dos investimentos na energia hidrelétrica, que vem sendo substituída pelas termelétricas. “No ano passado, o Brasil gerou 92% de sua energia de forma renovável. Não existe paralelo em nenhum país de grande porte do mundo, isso graças à hidroeletricidade que dá suporte a outras fontes de energia sustentáveis, como a eólica e a solar”, disse Moraes.

Marcelo, que também preside o Fórum de Meio Ambiente em Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE), tratou da Lei 14.182/2021, que autorizou a privatização da Eletrobrás, e que estipula a obrigatória contratação de termelétricas nas regiões metropolitanas das unidades da Federação que não possuam nas capitais ponto de suprimento de gás natural. “A gente conseguiria gerar 100 GW de energia renovável com apenas 1% da região Amazônica, uma área equivalente à Suíça”.

Segundo Moraes, a crise hídrica de 2021 revelou quão importante é essa geração para os municípios com reservatórios, pois houve perda de arrecadação no município de Tucuruí, no Pará. Pelo relatório de compensação financeira da Aneel (CFURH), a Prefeitura deixou de arrecadar quase R$ 12 milhões em um período de 5 anos.

Por fim, o presidente se colocou à disposição da deputada autora do requerimento do debate na Câmara Federal, Andreia Siqueira (MDB-PA), e agradeceu por poder estar contribuindo no debate de geração de energia limpa no país. “A comissão tem poucos parlamentares mas todos são extremamente atuantes e isso não beneficia apenas as hidrelétricas, mas as fotovoltaicas, eólicas, hidrogênio verde e todas as outras. Essa opção é a sociedade que deve fazer”, completou Moraes.

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