O fortalecimento do Congresso Nacional alterou a relação de forças políticas no Brasil e enfraqueceu o poder executivo. A avaliação política, citada no veículo de comunicação especializado Canal Energia, é do diretor da Dominium, Leandro Gabiati, e foi feita durante ao Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico (Enase) 2022, no Rio de Janeiro. Segundo Gabiati, essa nova dinâmica política é um alerta para quem vencer a eleição presidencial de outubro deste ano. 

Gabiati lembrou que durante os mandatos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva Lula, o poder Executivo ditava as negociações com o Congresso e havia a certeza do cumprimento de acordos com o Legislativo. Em 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff se reelegeu com margem apertada e grande dificuldade de negociar com o parlamento, explicou. Segundo o doutor em Ciência Política, a dinâmica começou a mudar após o afastamento de Dilma em 2016 e a posterior assunção de Michel Temer, que assumiu em meio à operação Lava Jato e as pressões da Procuradora Geral da República. Em 2018, Jair Bolsonaro chega ao poder com uma nova forma de governar, terceirizando as responsabilidades para o congresso, como na reforma da previdência. “Anos depois temos um novo arcabouço de poder, onde o presidente não tem mais o poder de antes”, destacou.

De acordo com Gabiati, a consequência da postura desse novo congresso tem impactado em desajustes nos marcos legais e judicializações. “Em vez de soluções, criam problemas”, explicou. 

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