A nova configuração das comissões temáticas no Senado Federal limitou a participação da oposição nos cargos de comando dos grupos permanentes. A avaliação é do Diretor da Dominium Consultoria, Leandro Gabiati. Segundo o doutor em ciência política, a distribuição das presidências das comissões foi negociada unicamente entre parlamentares do PT, MDB, PSD, União, Podemos, PSB e PDT.

“Esses presidentes terão importante poder institucional e político para controlar o trabalho legislativo dos colegiados”, explicou Gabiati. Para a oposição, os espaços políticos ficaram mais restritos, por exemplo, às Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPIs). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já fala na possibilidade de criar novos grupos temáticos para ampliar participação da oposição nos debates do Senado.

As lideranças de 13 comissões do Senado foram definidas: Vanderlan Cardoso (CAE), Humberto Costa (CAS), Davi Alcolumbre (CCJ), Carlos Viana (CCT), Paulo Paim (CDH), Marcelo Castro (CDR), Flávio Arns (CE), Confúcio Moura (CI), Leila Barros (CMA), Soraya Thronicke (CRA), Renan Calheiros (CRE), Sérgio Petecão (CSP) e Omar Azis (CTFC).

Na Câmara Federal, a expectativa dos líderes é concluir as nomeações dos presidentes até a próxima semana. Das 30 comissões permanentes 9 ainda estão sem acordo.