O cenário da disputa para o Palácio do Buriti começa a ficar mais claro, pois já há candidaturas homologadas na Justiça Eleitoral, incluindo o governador Ibaneis Rocha (MDB) como candidato à reeleição, Leandro Grass (PV) e Keka Bagno (PSOL).“ Válido lembrar, no entanto, que até sexta-feira (5), os candidatos poderão ser trocados ou novas indicações poderão ser feitas pelos partidos, visto que as negociações são muito dinâmicas”, disse a analista da Dominium, Raissa Bonfim. 

“O empresário Paulo Octávio (PSD), que ficou de fora da chapa de Ibaneis, se lançou como pré-candidato ao GDF. O também pré-candidato Reguffe (União Brasil), por sua vez, enfrenta uma situação mais delicada, visto que o partido dele optou pelo atual governador, fechando o caminho para uma candidatura própria. Nos dois casos, será necessário aguardar ainda até o dia 15, data limite de registro das candidaturas no TRE-DF”, disse Bonfim.

O cenário é parecido no caso de nomes como Izalci Lucas (PSDB) e Leila Barros (PDT), ambos senadores do DF que pretendem disputar o Buriti em outubro. As pesquisas de intenção de voto apontam Ibaneis (MDB) na liderança, seguido por Reguffe (União Brasil) e Leandro Grass (PV). 

“Já na disputa ao Senado, o arranjo do presidente Jair Bolsonaro, que permitiu a ex-ministra e deputada Flávia Arruda a compor a chapa de Ibaneis, coloca como principal player na disputa ao Senado e garante palanque mais sólido no DF para apoiar a reeleição de Bolsonaro”, explicou Raissa.

Na semana passada, a coalizão formada entre MDB, PP e PL  excluiu da chapa à ex-ministra Damares Alves, Republicanos, partido da base de Ibaneis. A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, vem mantendo a intenção de ir ao Senado, situação que poderá resultar numa candidatura avulsa sustentada pelo partido da ex-ministra. Caso esse cenário se confirme, deverá aumentar o nível de acirramento  pela única vaga ao Senado a ser renovada em outubro.