Dominium analisa ao Brasil de Fato movimentações de CPIs sobre atos de 8 de janeiro

Distritais integrantes da CPI sobre mesmo tema irão ao TSE na quarta (29)

Brasília, 27/03/2023

As movimentações políticas dos partidos de oposição e do governo para instalar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre os atos do dia 8 de janeiro foram analisadas antecipadamente pela Dominium, consultoria especializada em relações institucionais e governamentais e Public Affairs. Em entrevista ao portal Brasil de Fato, o diretor da Dominium, Leandro Gabiati, afirmou que as CPIs são um gasto de energia com efeitos nos planos do governo, mas com chances de avançadas de instalação. “Com o governo tendo a missão de discutir reforma tributária, discutir um novo marco fiscal, e de aprovar medidas provisórias complexas, ter que lidar com uma CPI traria um gasto de energia importante”, apontou Gabiati.

Uma das metas da oposição é buscar, por meio da CPI, provar suposta omissão de membros da base governista nos atos do dia 8 de janeiro. “Eu acho meio difícil essa CPI não ser instalada, até porque há muitas assinaturas”, resume Gabiati. Além disso, segundo o cientista político, a grande repercussão da CPI da Covid e a exaurida exploração da temática pelos veículos de comunicação dariam de volta o protagonismo que o Congresso encabeçou nos últimos três anos.

A instalação de uma CPI poderia influenciar negociações com partidos que hoje ocupam alguns ministérios, como União Brasil, MDB e PSD. Além disso, coloca em segundo plano reformas, como a tributária, do novo marco fiscal, e aprovação de MPs que vão entrar em vigor logo mais.

Por último, há ainda a tentativa de instauração de uma CPMI, encabeçada pelo Dep. André Fernandes. Esta seria ainda mais difícil de controlar, uma vez que “o governo está mais bem articulado no Senado” completou Gabiati.

Na quarta-feira (29), parlamentares distritais de outra CPI com mesmo tema serão recebidos pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. 

Acesse aqui a íntegra da entrevista ao Brasil de Fato: Clique Aqui.