A Dominium, consultoria de relações governamentais e institucionais e de public affairs, analisou ao site de notícias e radioagência Brasil de Fato as movimentações políticas que antecederam o resultado para o comando do Senado Federal. Na quarta-feira (1), o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito presidente do Senado com 49 votos – 17 votos de diferença contra Rogério Marinho (PL-RN).

“A importância da reeleição de Pacheco para Lula se amplia no atual cenário especialmente diante do perfil do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está com o caminho pavimentado para garantir mais dois anos à frente da Casa. Apoiador de Bolsonaro em diversas frentes nos últimos quatro anos, o parlamentar alagoano tem histórico de grandes embates com a esquerda e perfil escorregadio para o PT”, disse o Diretor da Dominium, Leandro Gabiati, na semana anterior ao resultado.

Em entrevista à jornalista Cristiane Sampaio, o doutor em ciência política destacou a relevância estratégica do presidente do Senado nos debates políticos. Gabiati destacou que o presidente do Senado tem o poder de instalar Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) e articular ou atrapalhar pautas de interesse do chefe do Executivo.

“Tem um fato que é fundamental e tem a ver com a institucionalidade: os presidentes da Câmara e do Senado têm o poder dado pela Constituição para controlar a pauta das casas legislativas. Tudo é negociado e definido a partir de acordo, mas o poder institucional do presidente de cada casa é estratégico. Então, para o governo Lula manter um nível de governabilidade aceitável, previsível, ele não pode cogitar sob nenhuma hipótese a possibilidade de perder a disputa da presidência do Senado para aquele grupo mais alinhado ao bolsonarismo”, explicou Gabiati.

Acesse a análise completa da Dominium ao Brasil de Fato: http://bit.ly/3JWLLKb