Dominium faz análises sobre Eleições 2022 e conflitos na Ucrânia

Congresso em Foco e Correio Braziliense debatem política nacional e internacional com a consultoria

Brasília, 07/03/2022

Os desdobramentos eleitorais no Brasil e os conflitos internacionais envolvendo Rússia e Ucrânia foram analisados recentemente pelo diretores da Dominium, consultoria especializada em relações institucionais e governamentais e public affairs, em debate com o Congresso em Foco e o Correio Braziliense, veículos de comunicação especializados em política e Brasília. Nas análises sobre as estratégias políticas de Sergio Moro em São Paulo, o diretor da Dominium, Leandro Gabiati, avaliou que Moro foi rápido em repudiar as declarações de Arthur do Val, conhecido também como Mamãe Falei, preservando ao mesmo tempo o Movimento Brasil Livre (MBL).

“Sergio Moro precisa ter um palanque em São Paulo e ele não pode se dar ao luxo de romper uma aliança com o MBL porque senão fica órfão. Mas, apesar do MBL ter sido um ator estratégico no impeachment, acabou se perdendo de alguma forma, sobretudo no governo Bolsonaro”, disse à editora Júlia Schiaffarino do Congresso em Foco. Na avaliação de Gabiati, o histórico de Sergio Moro e a insistência em unicamente uma agenda anticorrupção precisam ser observados de forma mais estratégica.

“Essa agenda [anticorrupção] pode ganhar mais peso ao longo da campanha, mas há diferenças entre campanhas e nesta questão econômica, o acesso à saúde pública e outros são preocupações para o eleitorado. Então, nessa linha, o Moro vai ter que ser muito inteligente: caso se restrinja ao MBL e fique atrelado a esta questão, perde força e relevância”, afirmou ao Congresso em Foco. No sábado (5), após vazarem falas sexistas de Arthur do Val sobre mulheres ucranianas, o deputado estadual desistiu da pré-candidatura. São Paulo era, até o momento, o único estado onde o Podemos de Sérgio Moro tinha firmado um nome na disputa ao governo.

Sobre política internacional, as avaliações da Dominium focaram nos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia e seus efeitos para o Brasil. Gabiati, em conversa com a jornalista Ingrid Soares do Correio Braziliense, jogou luz sobre os possíveis desgastes do Brasil no contexto internacional, particularmente na relação com os Estados Unidos. Na semana que o presidente Bolsonaro visitou Vladimir Putin, quando a invasão à Ucrânia era iminente, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que “o Brasil parece estar do outro lado de onde está a maioria da comunidade global”. Em nota, o Itamaraty afirmou que “não considera construtivas, nem úteis, portanto, extrapolações semelhantes a respeito da fala do presidente”.

Outra abordagem, foi tratada com o jornalista Raphael Felice. Para Gabiati, a troca de farpas entre os governos brasileiro e norte-americano, apesar de protocolar, reflete uma situação envolvendo os governos de Brasil e dos Estados Unidos devido à política externa “personalista” adotada pelo chefe do Planalto. “O governo não prioriza sua política externa a partir de política de Estado, mas, sim, por preferências pessoais e ideológicas de Bolsonaro”, diz. “Qual mensagem o Brasil passa com essa visita no momento em que duas potências (Rússia e Estados Unidos) estão com elevado nível de sensibilidade militar? Essas escolhas de Bolsonaro acabam tendo reflexos, como o comunicado da Casa Branca.”

As análises completas podem ser acessadas nos seguintes conteúdos do Congresso em Foco https://bit.ly/3HS6k5J e do Correio Braziliense: https://bit.ly/3HVy7C1 e https://bit.ly/3pKddzR

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