Apesar do adiamento da comitiva oficial do governo brasileiro à China para 11 de abril, mais de 20 acordos foram firmados entre empresas brasileiras e chinesas nesta quarta (29), em Pequim, na China. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as parcerias tem como foco em projetos sustentáveis, com formatos em governança ambiental, social e corporativa (ESG na sigla em inglês). As cooperações alinhadas em pesquisa e desenvolvimento incluem programas com gigantes asiáticas, como a chinesa Venture Cup e a Beijing Hycore Innovation.

Entre os acordos empresariais estão projetos envolvendo diferentes ações, como siderurgia de baixo carbono, bens de capital, mineração, pesquisa e desenvolvimento para descarbonização, energias renováveis, créditos de biodiversidade, inovação (startups), infraestrutura, construção civil e agro.

“Além de envolver o grosso dos setores que mais agregam na corrente bilateral de comércio, as parcerias recentes têm forte conexão com metas globais de sustentabilidade”, disse o analista sênior da Dominium, Gustavo Bernard. Segundo o especialista em comércio exterior, esse movimento econômico agrega valor, inclusive politicamente, nas relações com a China, principal parceiro comercial do Brasil. “A pragmática política internacional do Brasil, porém, será sinalizada mais claramente quando o presidente Lula for à Ásia”, explicou.

As parcerias anunciadas envolvem estratégias da Apex, do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e dos governos dos dois países.