A garantia de abastecimento de energia com modicidade tarifária passa por soluções híbridas, como hidrogênio, eólica, offshore (no mar) e armazenamento de energia. A avaliação foi feita nesta segunda (28) por Marcelo Moraes, Diretor Presidente da Dominium, consultoria especializada em relações institucionais e governamentais e public affairs, durante reunião do Conselho Temático de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação do executivo, há tendência de crescimento de outras fontes de energia, como a solar e eólica, na matriz elétrica brasileira. 

“O Sistema Interligado Nacional precisa focar nas fontes renováveis para dar conta de gerar energia elétrica de modo sustentável, em quantidade suficiente e, ao mesmo tempo, com tarifas mais equilibradas e acessíveis aos produtores e consumidores de energia”, disse.  

Para Moraes, que também preside o Fórum de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Setor Elétrico (FMASE), a maximização do uso das fontes disponíveis de energias renováveis é mais estratégico e inteligente do ponto de vista tecnológico, ambiental, social e econômico.  

Dados do Ministério de Minas e Energia apontam que mais de 83% da matriz elétrica brasileira já são compostas por energias renováveis: hidrelétrica (63,8%), eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar (1,4%). 

Durante a reunião do conselho, os especialistas debateram também os impactos do mercado regulado de carbono na matriz global de energia elétrica e os efeitos do conflito Rússia-Ucrânia na segurança energética global. Também participaram do encontro o pesquisador sênior do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA/USP), Eduardo Viola, o presidente do Coemas da CNI, Marcelo Thomé e a gerente de Mudança Climática e Mercados de Carbono da Petrobras, Maria Izabel Ramos.