Pesquisas e dados indicam favoritismo de Lula
Bolsonaro ainda tem espaço para crescer apesar da elevada rejeição
Brasília, 31/05/2022
Pesquisas recentes de intenção de voto e análise de dados eleitorais têm apontado o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao presidente Jair Bolsonaro. Informações do Estadão Dados, com base na média das pesquisas eleitorais recentes e com base nos resultados de eleições passadas, indicam que Lula lidera a corrida presidencial em 16 estados, enquanto o presidente Bolsonaro está na preferência da maioria dos eleitores de 8 estados. Segundo o levantamento, 3 estados estão como “indefinidos”.
Nesta semana, levantamento da BTG/FSB apontou 46% da preferência dos pesquisados para Lula, 32% para Bolsonaro e o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, com 9%, em cenário sem o ex-governador João Doria (PSDB-SP) que está fora da disputa presidencial.
O diretor da Dominium, Leandro Gabiati, avalia que ainda é cedo para cravar qualquer resultado. “Será necessário aguardar novos levantamentos para ver se de fato há uma confirmação do crescimento de Lula e estagnação de Bolsonaro”. Segundo o doutor em ciência política, mesmo com as pesquisas indicando elevada rejeição de Bolsonaro, há uma série de notícias que podem afetar positivamente o presidente, como antecipação do 13° salário ou liberação de parte do FGTS. “Há também uma constante mobilização de apoiadores em atos com participação do presidente, reforçando a imagem de um líder com apoio popular, fato que vem sendo muito bem explorado nas redes sociais”, analisou.
Na semana passada, a pesquisa do Datafolha apontou o petista liderando a corrida presidencial com 48% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro (27%) e Ciro Gomes (PDT), com 7%. Os demais candidatos não ultrapassaram 2%, no levantamento. Já a pesquisa do XP/Ipespe publicada na sexta-feira (27) indicou estabilidade com oscilação positiva de um ponto, tanto para Lula (45%) quanto para Bolsonaro (34%).
“É necessário lembrar que cada instituto tem metodologias próprias, principalmente no levantamento de dados, indo da pesquisa presencial ou por telefone – e nesse caso há opções de entrevista com pesquisador ou máquina, o que pode influenciar bastante na resposta do eleitor”, explicou Gabiati.