O debate dos presidenciáveis no domingo (28) nos canais de TV e rádio do Grupo Bandeirantes se manteve polarizado entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As discussões, que contaram também com a participação de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União) e Felipe d’Avila (Novo), ficaram mais voltadas às gestões passadas e trocas de acusações. No debate, transmitido pelo Portal UOL, jornal Folha de São Paulo e TV Cultura, os candidatos mais fortes da disputa foram alvo de questionamentos dos demais adversários, abrindo espaço para os desempenhos de Ciro e Tebet. “Lula esteve apático, enquanto Bolsonaro, mais preparado, foi alvo por questão de gênero”, disse o diretor da Dominium, Leandro Gabiati.

“Os coadjuvantes da disputa assumiram o protagonismo do debate com uma postura crítica em relação ao governo Bolsonaro e também ao ex-presidente Lula”, afirmou Gabiati. Segundo o doutor em ciência política, Tebet se valeu da passagem pela CPI da Covid, enquanto Ciro fez críticas com números e dados. “O desempenho positivo, todavia, não necessariamente se transformará em potencial de voto”, explicou.

Levantamento do Instituto MDA Pesquisa, encomendado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra que para 79,6% da população a decisão do voto é definitiva. Apenas 20,4% pode mudar até o dia da eleição.

Na semana passada, os quatro candidatos mais bem colocados nas pesquisas participaram de sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo, com destaque para o desempenho de Lula. O próximo debate deve ocorrer no SBT, com transmissão pela CNN Brasil, o jornal O Estado de S. Paulo, revista Veja e a rádio Nova Brasil FM, no dia 24 de setembro. A Rede TV e a TV Aparecida cancelaram os debates agendados com os presidenciáveis devido a imprevisibilidade sobre as presenças dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas.