Presidente tem orientado sua política exterior a partir de afinidades ideológicas, colocando políticas de Estado em segundo plano

Previsão é de legislatura mais curta para aprovação de projetos devido agenda eleitoral

Brasília, 18/02/2022

A viagem que o presidente Bolsonaro fez nesta semana à Rússia e Hungria foi marcada pelo conteúdo ideológico, vez que a pauta comercial é menos relevante com esses países. Analistas de política internacional avaliam que o saldo da viagem tem mais peso interno para o Brasil que externo, diante do evidente reforço da pauta política conservadora com presidentes autocratas como Putin e Orbán.

“É clara a preferência do presidente, mesmo no ambiente internacional, por relações não vinculadas a questões de Estado. As convergências são mais de cunho personalista, com alinhamentos à pauta comum conservadora, disse o Diretor da Dominium, Leandro Gabiati.

Segundo ele, a viagem tem vários objetivos, dentre eles o de alimentar a base de apoiadores mais leais no Brasil.
Dados do Economist Intelligence Unit, do grupo The Economist, apontam que o perfil das democracias tem se modificado no mundo. O Índice da Democracia Global 2021, que analisou 167 países, aponta para o declínio global do regime democrático, agravado pela pandemia com impactos no pluralismo, processos eleitorais, funcionamento dos governos, participação política, cultura e liberdades civis.

A desaceleração global também afeta a esfera econômica. Previsão do Banco Mundial é de diminuição do ritmo de crescimento econômico em 2022 (4,1%) e em 2023 (3,2%).

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