O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou por 7 votos a 1 a segunda etapa da privatização da Eletrobras. A primeira etapa foi concluída em fevereiro e a expectativa do governo federal é de concluir o processo de venda da estatal de energia em julho ou agosto deste ano, na tentativa de evitar contaminação do processo eleitoral.

“Politicamente, com o avançar da desestatização nos próximos meses, o governo ganha pontos em relação à retórica da privatização e cumpre, mesmo em ano eleitoral, apertado cronograma sobre venda da estatal. Será a primeira grande empresa estatal privatizada no governo Bolsonaro. Esse discurso está alinhado com as expectativas do governo e da equipe econômica”, disse o Diretor da Dominium, Leandro Gabiati. Segundo o doutor em ciência política, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, também sai fortalecido com o avanço da operação. 

  Em abril deste ano, o processo de privatização foi interrompido a pedido do ministro do TCU, Vital do Rêgo, que pediu vistas para analisar o processo e o único a votar contra a privatização no julgamento desta quarta-feira (18). A matéria é de relatoria do ministro do TCU, Aroldo Cedraz, e depende ainda do processo de desestatização que envolve operações financeiras e vendas de ações no exterior para viabilizar os recursos à conclusão da operação de venda da estatal. 

A privatização não envolve a Eletronuclear nem a binacional Itaipu.

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